segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Um BOM 2008


Espero que o Menino Jesus traga de presente, a todos os visitadores deste Blog, um 2008 cheio de coisas boas, no concelho de Carrazeda de Ansiães ou noutro qualquer lugar do Mundo. Nós, por cá, vamos continuar À Descoberta dos encantos deste cantinho trasmontano.
A fotografia de hoje foi obtida em Mogo de Ansiães, num bonito presépio junto à estrada. Não é a primeira vez que fotografo este presépio, mas, esta fotografia, foi feita ontem à noite.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Fonte das Sereias

Neste dia, 5 de Julho de 2007, a Fonte das Sereias estava mais bonita! Um grupo de crianças emprestava ao local muito colorido e muita vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Linhares (2)


Linhares em 5 de Julho de 2007.

sábado, 8 de dezembro de 2007

em Brunheda


Há centenas de coisas capazes de nos surpreenderem nos mais inesperados recantos do concelho de Carrazeda de Ansiães. Fui surpreendido com este trabalho em ferro que encontrei numa varanda em Brunheda. É um objecto de arte. A fotografia apenas mostra uma pequena parte. Se passarem por Brunheda, aproveitem para dar uma olhadela. Está bem no centro da aldeia, em frente à igreja.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O Outono em Pena Fria


Quem se lembraria de fotografar o Outono em Pena Fria? Ou melhor: Onde fica Pena Fria? Tenho a certeza que poucos saberão. Pena Fria é um pequeno lugar pertencente à freguesia de Fontelonga, no concelho de Carrazeda de Ansiães. Sem pessoas, sem futuro, quase sem história, definha esquecida, aquecida pelos raios de sol das tardes de Outono. Não fora esta minha ânsia de "descoberta" e desconheceria deste lugar.
Deixei Alagoa, ponto mais elevado do concelho de Vila Flor, abençoada pelo seu Santuário em honra de Nossa Senhora de Fátima e dirigi-me a Pena Fria. Ainda procurei os marcos centenários que por ali existem e que serviram para dividir os antigos concelhos de Freixiel, Ansiães e Vilarinho da Castanheira. Estava frio, mal apetecia sair do automóvel. Deixei a estrada que segue até ao Mogo de Ansiães e segui para Pena Fria. Logo aí tive que parar! O sol de frente realçava os tons outonais das folhas dos carvalhos, em contraluz. Quando cheguei ao centro populacional, a pequena capela de Santo António, com aspecto de uma reconstrução recente, deu-me as boas-vindas. Deixei o carro e continuei a pé. Pela única rua da aldeia encontrei alguns cachorros e idosos. Uma velhinha de roupas escuras e pele encolhida pela geada, surpreendida pela máquina fotográfica que levada a tiracolo, tratou de me oferecer em venda algumas casas velhas que possuía. Do tempos áureos, restam casas velhas, a maior parte em completo abandono. Surpreendida com a minha afirmação de que teria todo o gosto em aí viver, sentiu-se incentivada a mostrar-me todo o património edificado que já de pouco lhe servia. Como pontos de interesse na aldeia destaco a inscrição numa casa, com a data de 1726, um fontanário que deve ser bastante antigo e um cruzeiro. De tudo o que vi, o que me impressionou, foi o espaço envolvente, os sinais do Outono, o que mais me atraiu.

Em volta da aldeia, os castanheiros, os carvalhos, a erva seca dos lameiros, tudo fazia lembrar o Outono. Quando me afastei um pouco da aldeia, em direcção a Fontelonga, o olhar perdeu-se nos montes em direcção ao Douro. De Pena Fria, seguimos para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Alagoa, continuamos pelo Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Vilarinho da Castanheira, continuamos pela crista montanhosa e, de repente, abre-se um vazio que esconde o Rio Douro, envolto numa banda de gaze, que se difunde até ao azul do céu. Também no extremo (ou entrada) de Pena Fria, um nicho com a imagem de Nossa Senhora de Fátima parece dar as boas-vindas aos visitantes.
Eu, fascinado com a beleza outonal desta pequena aldeia, prometi voltar. Estive em Pena Fria nos dias, 25 e 27 de Novembro. Começou a ganhar significado para mim. Pode ser "fria" de nome, mas é quente, pintada das cores quentes do Outono, virada ao Sul exposta ao Sol, esperando ser visitada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Minha terra


Minha terra
que encerras
tantas fontes!

Oh, Serra de Bornes
Qual Marão meditador,
quando te vejo
és meu canto embalador.
Rumo em direcção
ao nosso mundo.
Vejo a gente a labutar,
arados, enxadas, jeiras,
romarias, enrugados montes...

Oh, Trás-os-Montes,
terra rude e franca
que me encantas
e embebedas
e enrijeces com nevadas
minhas frontes!...

Poema de João Manuel Sampaio*, do livro "Rude (A)gosto no olhar". Edição da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, 2000.

João Manuel Sampaio é natural de Zedes e reside actualmente em Tomar.
A fotografia foi tirada no Vale da Cabreira, entre Zedes e Mogo de Malta.

Castanheiros, em Fontelonga

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Em Besteiros


No dia 25 de Novembro estive em Besteiros. Recordo vagamente de ter estado neste local uma única vez na minha vida. A fotografia foi tirada logos depois de Besteiros da estrada que conduz a Seixo de Ansiães. Nela podemos distinguir parte da aldeia de Fontelonga, mas também o Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Alagoa.

domingo, 11 de novembro de 2007

À Descoberta de Ansiães


Hoje foi dia de partir À Descoberta de Carrazeda de Ansiães… de BTT. E não fui sozinho! O III Passeio BTT organizado pela Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães com o lema À Descoberta de Ansiães” veio mesmo a calhar. A minha expectativa era muita. Primeiro porque uma descida à Senhora da Ribeira prometia ser muito agradável e depois porque ia acompanhado de um grupo de amigos do Clube de Ciclismo de Vila Flor. Tenho que começar por pedir desculpa se induzi alguém em erro no meu anterior post, do dia 15 de Outubro. A organização falhou na divulgação uma vez que apenas fez chegar ao Clube de Vila Flor metade do desdobrável de divulgação, com a agravante de neste constar o que parece ser o mapa do I Passeio (de há dois anos atrás). No interior do desdobrável estava o programa, um pequeno texto e imagens da Anta de Zedes e da Calçada do Mogo. Bastavam estas imagens para eu (e muitos outros) não ter feito a confusão que fiz. Quando soube que o percurso não era ao Douro, fiquei um pouco descontente, mas rapidamente recuperei, até ia poder visitar a minha terra!
Inscreveram-se 67 atletas e quase todos compareceram na partida. Havia muita juventude de ambos os sexos. É claro que o grupo de Vila Flor era o mais numeroso (e bem disposto).
Partimos de frente da Piscina Coberta em direcção à Zona Industrial. O dia estava agradável, fresco mas solarengo. Na descida para o Amedo, largámos a estrada e embrenhá-mo-nos por caminhos rurais ladeados de castanheiros com todos os tons de verde, amarelo e laranja. Também as cerejeiras decoravam de vermelho algumas calçadas.
Sem esforço chegámos ao Amedo, que cortámos a meio em direcção a Areias. Deixámos a estrada e seguimos em direcção a Zedes, pelos Moinhos. Há quantos anos não passava eu por ali? Gostei de recordar aqueles caminhos, de subir pela Ribeira e reviver locais onde passei grandes momentos dos meus tempos de garoto.

Em Zedes, na sede da Associação Cultural e Desportiva já nos esperava o reforço alimentar. O esforço ainda tinha sido pouco, mas, ninguém se fez rogado, só a fruta sobrou.
O percurso continuou pela Rua do Emigrante e depois o desvio para a Anta de Zedes. Ninguém parou, todos queriam aproveitar a frescura de pausa recente. Eu parei para uma fotografia, o que me valeu conseguir a cauda do pelotão na subida até à Samorinha.
No centro da aldeia cortámos à esquerda, descemos à igreja e continuámos pelos campos até encontrarmos a estrada de Zedes-Carrazeda, que atravessámos, a caminho do Mogo. Rodeámo-lo a alguma distância por Sul. Quando eu já esperava regressar a Carrazeda abre-se perante os meus olhos o esplendoroso Vale Covo. Estávamos fora do concelho de Carrazeda, os terrenos que percorríamos já pertenciam a Vila Flor. Senti uma mistura de alegria e de receio. Alegria porque sabia que ia encontrar uma paisagem agreste e bela, receio porque sabia que quanto mais descesse aquele vale mais difícil seria voltar aos 780 metros de altitude do Mogo. A paisagem era simplesmente avassaladora. Perdi o contacto com os restantes atletas, só de tempos a tempos, encontrava alguns dos mais jovens. O percurso tinha tanto de belo como de perigoso! As descidas eram íngremes e com curvas em cotovelo muito acentuadas. Havia areia e muitos buracos. Deixei-me levar, calmamente, ao coração do vale, apreciando a paisagem e tentando não cometer erros que me pudessem sair caros.

Quando encontrei a ribeira, pelos 500 metros de altitude, respirei fundo, os músculos já me doíam, não seria mais fácil deixar-me ir até Freixiel? Cerrei os dentes e carreguei a bicicleta encosta acima. Quando se atinge um elevado grau de cansaço, a paisagem perde alguma beleza, todas as forças são usadas para progredir no terreno. Também o dia começou a ficar mais cinzento e a câmara digital teimava em não funcionar devido ao pó que já tinha engolido. Não sei quanto tempo demorei, mas, finalmente encontrei o marco geodésico Pedrianes (785m), o Mogo de Malta estava perto. Perto do Santuário de Nossa Senhora da Saúde encontrei um grupo de ciclistas renitentes em continuar. Com o corpo num frangalho, meti pela Calçada do Mogo abaixo. Mais uma vez o percurso se tornou belo, perigoso e maçador do físico. Felizmente este era curto. Rodeámos o monte do santuário por Norte e voltámos, desta vez ao Mogo de Malta e logo depois ao de Ansiães. Seguimos por caminhos rurais até à entrada de Belver. Como eu gostava de ter o físico mais “descansado” para aproveitar o passeio…
De Belver seguimos em direcção a Carrazeda de Ansiães, entrando mesmo no fundo da vila. Com o humor a regressar, ainda tive a ousadia de perguntar a uma pessoa que nos olhava de uma janela se estávamos em Carrazeda ou em Belver!
Com o grupo todo reunido, foi a altura de um refrescante banho. Já ninguém se lembrava das dificuldades do Vale Covo.
O almoço, às três da tarde, foi no restaurante O Vinhateiro. O prato não me desgostou, dobrada com feijão branco. Não fosse o apetite voraz que todos tínhamos e a dobrada tinha sobrado quase toda. Já comi muito melhor. O vinho também não dignificava nada o restaurante nem a categoria vinícola do concelho de Carrazeda. A refeição terminou com castanhas, não estivéssemos nós no Dia de S. Martinho, profundamente marcado pelos magustos no concelho. Também estas não satisfizeram ninguém! Aproveitou-se a boa disposição do grupo que já falava de novos planos, novas pedaladas, nas semanas seguintes.
Eu descobri mais um pouco de Carrazeda. Com algum esforço e algum suor, é certo, mas amanhã voltava.
Outras reportagens:
Blog - Clube de Ciclismo de Vila Flor
Homepage - ZEDES

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Na barragem de Fontelonga


O passeio ao complexo na barragem da Fontelonga aconteceu no dia 21 de Outubro. Depois de ter estado na Barragem Valtorno-Morão, completamente vazia, segui pela Alagoa, Penafria e Fontelonga. Não fui ao acaso, fui mesmo com curiosidade em relação às Cores do Outono das lindas fotografias postadas no Blog Ansiães Aventura. Comecei por dar uma volta à albufeira. Tem bastante água, mas o que me chamou mais à atenção foi um bando de aves “estacionado” perto dela. Assim, vistos à distância, pareceu-me um bando de corvos-marinhos-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo). Trata-se de uma ave de grande porte, pertencente à mesma Ordem que as cegonhas, que prefere a orla costeira mas que aparece em habitats muito variados. Muitas destas aves deslocam-se do Norte da Europa para a Península Ibérica nos finais de Agosto. Alimentam-se principalmente de peixe, podem viver mais de 20 anos e medir mais de um metro de asa a asa.

Depois deste encontro ocasional, já considerava a viagem por bem paga, mas, quando me aproximei da piscina, fiquei maravilhado olhando em contraluz as pequenas árvores cobertas de folhas vermelhas. Dependendo do ângulo da luz, as tonalidades vão do vermelho ao amarelo, passando pelo bronze, laranja, púrpura, e, é claro, verde. Não é uma só árvore, mas sim dezenas delas, alinhadas, vestidas de cores diferentes desafiando a criatividade, a visão, a focagem e a desfocagem, a harmonia e o contraste.
A tarde estava calma, solarenga, talvez com um pouco de sol a mais que dava uma tonalidade demasiado descorada ao chão. O meu filho mais novo encontrou distracção nos baloiços, o que me deixou mais à vontade para gozar com tempo, passeando calmante por entre as árvores. Em termos botânicos, penso tratar-se de um acer (Acer palmatum). Chegaram até nós vindos do Japão, China e Coreia. São plantas pouco exigentes em termos de solos, podendo atingir entre 4 a 7 metros de altura e de copa. São usadas como árvores ornamentais, precisamente devido à coloração das suas folhas no Outono. Há muitas outras plantas curiosas nos jardins do parque de merendas, mas, só desviei os olhos dos acer para admirar e provar alguns bonitos frutos vermelhos, verdadeiros medronhos, a cair de maduros. Os medronheiros (Arbutus unedo), estão repletos de flores brancas, mas também em início de maturação dos frutos.

A tarde foi passando, tal como os carros na estrada. Toda a gente vive com pressa. Muitos foram os carros que passaram a grande velocidade! Mas, mesmo num Domingo à tarde, ninguém parou para olhar de perto aquela paisagem magnífica, que ainda está lá, por uns dias, à espera de ser admirada.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Outono


No dia 21 de Outubro fiz uma pequena visita à Barragem de Fontelonga. A tarde estava luminosa e fiz um conjunto de fotografias interessantes, da folhagem Outonal. Enquanto as preparo e procuro algum tempo para acompanhar com algumas palavras, deixo apenas uma, como homenagem ao Outono.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

à Descoberta de Ansiães


Embora não se trate concretamente da descoberta do Castelo, de Ansiães, mas sim de uma parcela do concelho de Carrazeda, desafios todos os amigos de Carrazeda, do desporto e da aventura, com alguma saúde para darem ao pedal, para partir "À Descoberta de Carrazeda de Ansiães", em bicicleta, no dia 11 de Novembro de 2007.
Não disponho de muita informação, mas pelo que posso ver na ficha de inscrição, o percurso será Carrazeda, Fontelonga, Vilarinho da Castanheira, Senhora da Ribeira, Beira Grande, Selores, Carrazeda.

Não conheço o percurso em pormenor, tentei "adivinhar-lo" com o intuito de ter uma ideia da distância e da altimetria. No esboço que fiz o percurso ficou com 45 quilómetros. Como se pode ver no gráfico a maior dificuldade está em chegar da Senhora da Ribeira, ao Seixo de Ansiães.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vilarinho da Castanheira


Como nem só de visitas virtuais vive o homem, no dia 8 de Setembro fui mesmo até ao Vilarinho da Castanheira. Pelo caminho ainda passei pela aldeia abandonada de S. Sampainho, mas isso fica para outras Descobertas.
Não tinha muito tempo disponível, por isso procurei um ponto de onde podesse ter uma visão geral da aldeia. Essa visão geral era importante para eu me orientar, uma vez que, apesar de já ter estado muitas vezes no Vilarinho, isso já foi há muitos anos e poucas recordações tenho. Em 1989 fiz algumas caminhadas, visitei a Pala da Moura e recordo-me de um forno de telha, pouco mais.
Tal como os homens fizeram há alguns milhares de anos atrás, procurei o ponto mais alto. Soube depois que era conhecido por Castelo. Aqui deve ter existido um castro e posteriormente um castelo.
Não há um local de onde se possa ver toda a imensidão de paisagem em redor. Confiante na boa vontade das pessoas, pedi licença e subi a algumas varandas de onde pude admirar, quer a totalidade da aldeia, quer a paisagem que se estende a alguns concelhos vizinhos. Foi também um vizinho, habitante na zona do Castelo, que me serviu de cicerone, respondendo com prontidão e gosto à minha curiosidade. Mostrou-me o Seixo de Ansiães, Fontelonga, Alagoa, Seixo de Manhoses, Vila Flor, etc. Aproveitei-me do seu conhecimento e boa vontade para me inteirar de algumas informações úteis para próximas visitas.
Com muita pena minha, saí do Vilarinho sem sequer visitar o Santuário da Senhora da Assunção, ou sem ter dado um passeio pelo resto da aldeia. Com certeza voltarei. Esta terra, que já foi concelho e é repleta de história, tem muito para mostrar a quem a visita.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Visita virtual a Carrazeda de Ansiães

Além das ligações permanentes que existem aqui ao lado no Blogue, compilei um conjunto de outras ligações de forma que se possa fazer uma demorada "viagem" pelo concelho de Carrazeda de Ansiães, sem sair de casa. Esta listagem pretendia mesmo ser exaustiva, sem grandes filtros de importância ou qualidade. Assim, se conhece algum site que fale de Carrazeda de Ansiães, ou sobre alguma das aldeias do concelho, agradeço que me indiquem o endereço a fim de ser acrescentado a esta listagem.
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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

XII Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite


Ontem foi dia de um passeio “À Descoberta”, por Carrazeda. O programa da XII Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, prometia uma tarde e noite animadas: missa, procissão, feira e música da banda Metamorphosis.
O cartaz da feira, de design moderno e parco em palavras, anunciou uma Super Nova, que pensei ser um espectáculo de astronomia, um artista mistério (The Mistery Artist), que não era o Abrunhosa...
No dia 2 de Setembro, a Feira ganhou contornos de festa religiosa votando para o esquecimento a Festa da Senhora da Graça, da qual tenho muitas saudades. De qualquer forma, os homens (e mulheres) de fé contavam com os Padroeiros do Concelho, seja lá o que isso for.
O dia estava muito quente. Esperei calmamente que se iniciasse a procissão enquanto passei em revista as obras no centro da vila. Pouco depois das quatro da tarde, fui-me aproximando da igreja. Foram chegando carrinhas com andores que supostamente seriam os Padroeiros do Concelho. A maioria das freguesias trouxe o seu padroeiro, outras trouxeram imagens de outros santos, talvez com mais "prestígio" na freguesia ou no concelho. Algumas houve, que não se fizeram representar.
Calmamente, aproveitei para fazer fotografias, enquanto os vários andores se foram organizando.
Terminada a Eucaristia, tomei posição na rotunda, juntamente com muitas centenas de pessoas. Tal como noutros locais, a percentagem dos que participam activamente na procissão frente aos que assistem à sua passagem, é ínfima. Reinou alguma confusão se a procissão devia seguir para o Fundo da Vila mas acabou por subir para a Rua Eng. Camilo Mendonça. Um a um, foram passando os estandartes e os andores das diferentes freguesias, todos ricamente enfeitados com flores naturais. Encerrava o cortejo o andor de Santa Águeda, padroeira de Carrazeda de Ansiães.

Apesar das horas de maior calor já terem passado, a progressão foi lenta, demorando os andores quase duas horas a regressar junto à Igreja Matriz.
Viveu-se nesse momento um dos pontos mais bonitos da procissão, quando todos os estandartes e andores se concentraram em volta da rotunda para uma oração final.
A Banda de Gaita de Mazeda e a Banda de Música de Vila Flor, que tinham acompanhado a procissão, emprestavam maior solenidade ao momento. Quando o Sol se escondeu, os andores recolheram ao seu local de origem e eu aproveitei para visitar a igreja. Não me recordo de alguma vez ter entrado nesta igreja. O ambiente no interior era de recolhimento, com algumas pessoas rezando. A tranquilidade era tal, que senti que a minha presença, o flash da máquina não combinavam com o local e o momento. Arrisquei algumas fotografias sem flash. A igreja é simples mas bonita.
Numa capela lateral havia uma linda imagem que me pareceu Nossa Senhora das Dores, não sei se será. Entre muitas outras imagens, gostei também de Santa Bárbara, à direita, próximo da entrada.
Dali dirigi-me à feira. O bilhete era de 3 euros, mas os mais novos não pagaram. Achei caro, mas sem visitar a Feira não podia avaliar se valia, ou não, a pena.

Entrei no pavilhão, à direita e fiz um passeio de reconhecimento. O azeite, as maçãs, o vinho, estavam lá todos. Também o artesanato, os casacos de peles, os livros, juntamente com a caça, o hardware, etc. Terminada a visita, preparava-me para passar ao pavilhão seguinte, mas não havia mais!
Pelo menos havia ao lado um enorme pavilhão, com meia dúzia de restaurantes, a transbordar de clientes. A falta de expositores foi compensada pelo número de restaurantes. Havia muita gente para jantar e demorei bastante tempo a ser servido. Quando me dirigi de novo ao pavilhão, para uma visita mais demorada, um segurança disse-me que não podia entrar, ia encerrar! Só me restava a música.
A banda, Metamorphosis, tinha um bom conjunto de metais. O seu som era claro, ritmado, convidando à dança a cada nova música. Infelizmente as pessoas eram poucas e estavam apáticas. Vozes à parte, a banda era uma boa banda de baile, pena que o local e a disposição dos presentes não estavam para aí virados.
Foi uma tarde/noite agradável. Encontrei familiares, amigos, caminhámos um pouco, comemos e até dançámos. A feira valeu por isso. Fico à espera de mais e melhor.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Areias (1)

Areias é uma pequena localidade da freguesia de Amedo.
Nesta aldeia tenho muitos amigos. A proximidade com Zedes e o facto de por aqui passarem para se deslocaram a Carrazeda, sempre aproximou a população de Zedes e Areias. Muitas vezes joguei futebol em Areias.
Também leccionei na Escola Primária de Areias num curso nocturno, que dava equivalência ao 2.ºciclo, há alguns (muitos) anos atrás.
A aldeia tem praticamente duas ruas que se cruzam na perpendicular. As alminhas da fotografia situam-s e à saída da aldeia, em direcção à nova estrada Carrazeda - Pinhal do Norte.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Lugar da Felgueira


Felgueira é um pequeno lugar pertencente à freguesia de Pinhal do Norte. Apesar de pequeno e praticamente despovoado, a proximidade com Zedes, fez com que eu o visitasse muitas vezes, goste das sua única rua e sinta uma grande nostalgia cada vez que o visito.
A tranquilidade, o silêncio, a paisagens, são ingredientes extraordinários para alguns momentos de introspecção. Um passeio pelas ruínas das casas mostra-nos que o lugar nem sempre foi assim, devem ter morado aqui bastantes famílias. A pequena capela lá está, serena, também ela rodeada pela natureza, erva, flores e até uma cerejeira.
O meu filho mais novo rapidamente vestiu a pele de "investigador" e "arqueólogo" e espreitou cada canelho. Temos que voltar à Felgueira. É um bom passeio, de bicicleta ou a pé, mas os carros chegam sem dificuldades, apanhando um estradão de terra batida, a poucos quilómetros de Zedes, na estrada que conduz a Pereiros.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Noite dos Bombos, em Parambos

Ontem, solidário com o Blog Viver Parambos, juntei-me à rusga na já tradicional Noite dos Bombos, em Parambos. Crianças, jovens e velhos tocaram o bombo animadamente pelas ruas da aldeia, perturbando o sono a quem pretendia dormir cedo. Uma concertina e uma gaita de foles ajudaram a dar mais colorido à música. Já depois da uma da manhã, o grupo chegou ao recinto da igreja, onde continuou o arraial.
Os meus parabéns a Parambos, por esta iniciativa. Desejo que a festa de S. Bartolomeu seja animada.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Paradela (2)

No dia 4 de Agosto fiz uma curta passagem por Paradela. Apesar disso tive ainda tempo para percorrer as suas ruas estreitas e para ensaiar algumas fotografias panorâmicas. Nota-se um aumento da área de vinha, desde as últimas vezes que por aqui passei. As uvas começam a ganhar cor e brevemente estarão doces.
Espero voltar a Paradela, com mais tempo, para fotografar alguns pormenores.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Linhares (1)

Linhares é uma freguesia que bem merece um passeio fotográfico. A par da sua história, recheada de acontecimentos e testemunhos, tem recantos plenos de encantos. As ruas estreitas, as casas típicas, o granito que aparece em cada esquina, são motivos que despertam olhares e cativam a objectiva.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Luzelos

Na minha última passagem por Luzelos, o que me chamou à atenção, foram estas apetitosas ginjas, mesmo ao pé da pequenina capela.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Carrazeda de Ansiães


Não há quem passe pela zona antiga de Carrazeda de Ansiães munido de uma máquina fotográfica, que não dispare sobre esta varanda florida. Também eu arrisquei a fotografia, tentando aproximar-me um pouco mais.
Estas duas fotografias servem para contrariar o boato renascido de que Carrazeda significa cara azeda! Carrazeda é uma vila simpática, que nestes meses de Julho e Agosto vai fervilhar de vida, com milhares de emigrantes que ainda regressam às suas aldeias para passar uns dias de Verão.
Vamos, com certeza, encontrar-nos pelas ruas e jardins de Carrazeda.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Pombal


O Pombal é uma linda aldeia. Deitada ao Sol da manha de um dia de Julho, convida à contemplação à sombra de um chorão na capela.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Entre a chuva e o Verão


Hoje, entre Zedes e Folgares, o meu olhar deslizou do centeio já seco, à espera da segada, e as nuvens escuras que se estendiam até para além da Serra de Bornes. O local é bonito e tentei fazer uma fotografia panorâmica onde coubesse o máximo de horizonte.