segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Um BOM 2008


Espero que o Menino Jesus traga de presente, a todos os visitadores deste Blog, um 2008 cheio de coisas boas, no concelho de Carrazeda de Ansiães ou noutro qualquer lugar do Mundo. Nós, por cá, vamos continuar À Descoberta dos encantos deste cantinho trasmontano.
A fotografia de hoje foi obtida em Mogo de Ansiães, num bonito presépio junto à estrada. Não é a primeira vez que fotografo este presépio, mas, esta fotografia, foi feita ontem à noite.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Fonte das Sereias

Neste dia, 5 de Julho de 2007, a Fonte das Sereias estava mais bonita! Um grupo de crianças emprestava ao local muito colorido e muita vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Linhares (2)


Linhares em 5 de Julho de 2007.

sábado, 8 de dezembro de 2007

em Brunheda


Há centenas de coisas capazes de nos surpreenderem nos mais inesperados recantos do concelho de Carrazeda de Ansiães. Fui surpreendido com este trabalho em ferro que encontrei numa varanda em Brunheda. É um objecto de arte. A fotografia apenas mostra uma pequena parte. Se passarem por Brunheda, aproveitem para dar uma olhadela. Está bem no centro da aldeia, em frente à igreja.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O Outono em Pena Fria


Quem se lembraria de fotografar o Outono em Pena Fria? Ou melhor: Onde fica Pena Fria? Tenho a certeza que poucos saberão. Pena Fria é um pequeno lugar pertencente à freguesia de Fontelonga, no concelho de Carrazeda de Ansiães. Sem pessoas, sem futuro, quase sem história, definha esquecida, aquecida pelos raios de sol das tardes de Outono. Não fora esta minha ânsia de "descoberta" e desconheceria deste lugar.
Deixei Alagoa, ponto mais elevado do concelho de Vila Flor, abençoada pelo seu Santuário em honra de Nossa Senhora de Fátima e dirigi-me a Pena Fria. Ainda procurei os marcos centenários que por ali existem e que serviram para dividir os antigos concelhos de Freixiel, Ansiães e Vilarinho da Castanheira. Estava frio, mal apetecia sair do automóvel. Deixei a estrada que segue até ao Mogo de Ansiães e segui para Pena Fria. Logo aí tive que parar! O sol de frente realçava os tons outonais das folhas dos carvalhos, em contraluz. Quando cheguei ao centro populacional, a pequena capela de Santo António, com aspecto de uma reconstrução recente, deu-me as boas-vindas. Deixei o carro e continuei a pé. Pela única rua da aldeia encontrei alguns cachorros e idosos. Uma velhinha de roupas escuras e pele encolhida pela geada, surpreendida pela máquina fotográfica que levada a tiracolo, tratou de me oferecer em venda algumas casas velhas que possuía. Do tempos áureos, restam casas velhas, a maior parte em completo abandono. Surpreendida com a minha afirmação de que teria todo o gosto em aí viver, sentiu-se incentivada a mostrar-me todo o património edificado que já de pouco lhe servia. Como pontos de interesse na aldeia destaco a inscrição numa casa, com a data de 1726, um fontanário que deve ser bastante antigo e um cruzeiro. De tudo o que vi, o que me impressionou, foi o espaço envolvente, os sinais do Outono, o que mais me atraiu.

Em volta da aldeia, os castanheiros, os carvalhos, a erva seca dos lameiros, tudo fazia lembrar o Outono. Quando me afastei um pouco da aldeia, em direcção a Fontelonga, o olhar perdeu-se nos montes em direcção ao Douro. De Pena Fria, seguimos para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Alagoa, continuamos pelo Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Vilarinho da Castanheira, continuamos pela crista montanhosa e, de repente, abre-se um vazio que esconde o Rio Douro, envolto numa banda de gaze, que se difunde até ao azul do céu. Também no extremo (ou entrada) de Pena Fria, um nicho com a imagem de Nossa Senhora de Fátima parece dar as boas-vindas aos visitantes.
Eu, fascinado com a beleza outonal desta pequena aldeia, prometi voltar. Estive em Pena Fria nos dias, 25 e 27 de Novembro. Começou a ganhar significado para mim. Pode ser "fria" de nome, mas é quente, pintada das cores quentes do Outono, virada ao Sul exposta ao Sol, esperando ser visitada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Minha terra


Minha terra
que encerras
tantas fontes!

Oh, Serra de Bornes
Qual Marão meditador,
quando te vejo
és meu canto embalador.
Rumo em direcção
ao nosso mundo.
Vejo a gente a labutar,
arados, enxadas, jeiras,
romarias, enrugados montes...

Oh, Trás-os-Montes,
terra rude e franca
que me encantas
e embebedas
e enrijeces com nevadas
minhas frontes!...

Poema de João Manuel Sampaio*, do livro "Rude (A)gosto no olhar". Edição da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, 2000.

João Manuel Sampaio é natural de Zedes e reside actualmente em Tomar.
A fotografia foi tirada no Vale da Cabreira, entre Zedes e Mogo de Malta.

Castanheiros, em Fontelonga