sexta-feira, 29 de outubro de 2010

1 dia por terras de Ansiães (02)

A oportunidade de passar mais um dia a passear pelo concelho é sempre aproveitada com grande entusiasmo.
O roteiro escolhido para o dia 15 de Outubro não deferiu muito do que segui uma semana antes. mas, mesmo quando se visita o mesmo lugar, há sempre novas coisas que nos chamam à atenção.
O primeiro ponto da viagem foi ao castelo de Ansiães. Não propriamente para visitar o castelo, que bem o merece, mas sim para tentar conseguir uma fotografia panorâmica da aldeia de Marzagão. A posição é boa, mas os resultados não me agradaram. O facto de colocar a objectiva a trabalhar no limite das suas capacidades e talvez devido à manhã algo cinzenta, desisti rapidamente.
A segunda abordagem à panorâmica da aldeia foi do lugar exactamente oposto. Dirigi-me para Marzagão, atravessei a aldeia e subi, a pé, por um caminho que conduz a um outeiro a poente da aldeia, quase junto do campo de futebol de onze. A partir deste ponto a dificuldade esteve em conseguir enquadrar a maior parte das casas, uma vez que algumas ficam completamente tapadas por outras que estão à sua frente. Mas, mesmo assim, o resultado agradou-me mais e andei pelo alto do morro admirando a paisagem. Até Carrazeda de Ansiães se avistava bastante bem!
Pelo caminho ainda tive tempo para saborear as primeiras castanhas e procurar alguns cogumelos à sombra dos castanheiros. Não tive muita sorte com os cocos mas algumas vaquinhas proporcionaram-me algumas fotografias. As vaquinhas (ou línguas de vaca) são cogumelos bastante saborosos que me habituei a comer desde criança. O seu nome científico é Fistulina hepática.
Já de novo na aldeia percorri as mais estritas ruas e ruelas. O que deve ter sido o núcleo mais antigo da aldeia está praticamente deserto e em ruínas. Não há placas a identificar as ruas, por isso tive alguma dificuldade em me situar.
Aproveitei para colocar a máquina fotografia em preto e branco e tentar uma abordagem mais artística dos locais. Gostava de ter encontrado alguém com quem conversar, mas isso não aconteceu.
No largo do Fundo do Povo dirigi-me mais uma vez à igreja, mas tal como no dia da primeira visita, esta encontrava-se encerrada.
Já depois do meio dia foi a altura de rumar em direcção a Zedes para um almoço em família. O tempo passado em Zedes foi pouco, mas ainda deu para fazer uma visita ao rancho de apanha de maçã. Tal como em Marzagão, em Zedes (e muitas outras freguesias do concelho) a produção de maçã é uma das mais importantes actividades económicas. É também uma actividade que dá alguns trabalho, mesmo que temporário.
Já pelo Barreiro, não resisti a mais um passeio por um souto. A senhora Nilza e o senhor Adelinho presentearam-me com todas as castanhas que já tinham apanhado até ao momento! São gestos como este que nos fazem sentir em casa.
Na continuidade do meu passeio pelo souto fui ainda presentiado com um conjunto de rocos e meia dúzia de vaquinhas nos troncos dos castanheiros. Um pouco mais acima, no picoto, o martelo rasgava o caminho para o IC5 que vai passar bastante próximo.
A paragem seguinte foi na Biblioteca Municipal, em Carrazeda de Ansiães. Desta vez nem cheguei a entrar. Pretendia unicamente ter acesso ao livro “Memórias de Ansiães”(MORAIS, João Pinto de e MAGALHÃES, António de Sousa Pinto de.), como fui informado que não existe na biblioteca, nem sequer entrei e decidi aproveitar o tempo, seguindo viagem.
A paragem seguinte foi no Amedo. A sorte esteve do meu lado e encontrei algumas pessoas que não só conversaram comigo sobre a aldeia assim como me proporcionaram uma visita à igreja matriz e à capela de S. Martinho. Apenas pretendia ocupar o resto da tarde, mas fiz um interessante passeio pelas ruas da aldeia e também fiz alguns interessantes registos fotográficos.
Ficou a promessa de uma visita mais demorada à aldeia.

sábado, 23 de outubro de 2010

Detalhes em Ferro (2)

Pormenor de um portão em ferro forjado, na Rua do Arieiro, em Seixo de Ansiães.

domingo, 17 de outubro de 2010

Vindimas

Não sei se é sempre assim, mas, este ano, nas visitas que tenho feito a algumas freguesias do concelho, reparo que a vindima é muito escalonada no tempo. Se nalgumas aldeias, com vinhas situadas nas ribeiras do Douro e do Tua a vindima já ocorreu há quase um mês, noutras, mais frias, ela está ainda a decorrer e possivelmente só terminará lá para o próximo fim de semana.
As fotografias apresentadas são no Amedo, onde também havia muita gente à vindima no Sábado passado.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fonte das Sereias

Vista parcial da Fonte das Sereias em Carrazeda de Ansiães.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

1 dia por terras de Ansiães (01)

No dia 1 de Outubro passei grande parte do dia À Descoberta do concelho de Carrazeda de Ansiães.
A manhã foi passada a percorrer algumas ruas e a conversar com algumas pessoas em Marzagão. Há tantas coisas para conhecer, tantas para fotografar, que o tempo passa e não chega a nada. Quando se começa a conversar com as pessoas, tudo ganha mais graça e ficam-se a saber coisas bem mais interessantes, mas é necessário muito mais tempo. É necessário fazer algumas perguntas, mas também ouvir as pessoas que cada vez se sentem mais isoladas e têm muita necessidade de conversar.
Dos locais visitados em Marzagão, darei conta aqui, no blogue, e no novo blogue dedicado à freguesia, em próximos apontamentos.
Almocei em Carrazeda de Ansiães, no restaurante O Vinhateiro, já próximo das duas horas da tarde. Dado o adiantado da hora, não fui esquisito na ementa. Durante o almoço usufrui da companhia de um natural de Vila Flor, negociante de gado, com quem tive uma animada conversa, dado que conhecia profundamente os concelhos de Carrazeda, Vila Flor e outros como por exemplo Mogadouro.
Aproveitei o resto da tarde para conhecer a Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães. As únicas vezes que estive nesse espaço foi em realizações como a Feira do Livro, não tendo nem espreitado as prateleiras.
Não foi necessário fazer qualquer inscrição e subi ao primeiro andar, onde se situa o principal espaço da biblioteca.
Durante o meu 5.º e 6.º anos tive muitas vezes aulas neste edifício, quer de um lado, quer do outro. Curioso era o facto de que para se entrar nalgumas salas, tínhamos que atravessar outras! Nada reconheci no edifício da biblioteca que me fizesse lembrar esse tempo, há excepção do exterior.
Numa sexta à tarde o movimento era pouco. Um adulto consultava a Internet e duas jovens conversavam numa mesa, fazendo talvez algum trabalho escolar. Tal como noutras bibliotecas, escolares ou não, o grosso do movimento de crianças e jovens deve-se aos equipamentos informáticos. A utilização da Internet é muito mais aliciante do que sentar-se numa mesa a desfolhar um livro. É uma das grandes tendências da nossa sociedade que não sei onde nos vai levar.
Não precisei de procurar muito. A estante que procurava está mesmo em frente à porta de entrada. Pretendia inteirar-me dos livros que me falassem do concelho de Carrazeda de Ansiães. A estante está sinalizada como “Fundo Local”. Entre alguns, que possuo (e que não valia a pena consultar por os ter em casa), seleccionei 6 que, numa primeira abordagem, me pareceram interessantes.
Este primeiro contacto destinou-se a fazer o reconhecimento das obras existentes, uma vez que pretendo voltar mais vezes e requisitar as que me for possível requisitar. Fui informado de que os livros que têm uma fita vermelha na lombada não podem ser requisitados! Todos os que tinha em cima da mesa tinham uma fita vermelha!
Ao contrário do que me aconteceu em Vila Flor e Torre de Moncorvo, em que me foram cedidos livros editados pelas respectivas Câmaras Municipais, em Carrazeda de Ansiães a recepção (ao nível mais alto da Câmara Municipal) não foi muto animadora. Tenho comprado bastantes livros. O Blogue, além de muito tempo e muito trabalho, começa também a dar despesa.
Voltando aos livros. Dos que tinha em cima da mesa o que me mereceu mais interesse foi “Carrazeda de Ansiães e o Seu Termo”, de José Aguilar. Trata-se de uma edição da Câmara Municipal e estranhei nunca o ter encontrado à venda. Trata-se de um livro composto por pequenos textos que nos levam a percorrer locais bem característicos do concelho. A linguagem utilizada é muito agradável e de fácil leitura. É um livro que vou ler e que me ajudará bastante a conhecer melhor o concelho.
Quase ao cair da noite ainda fiz uma visita a Zedes. Apenas o tempo suficiente para visitar alguns familiares e dar alguns dedos de conversa no bar da Associação, que estranhamente estava aberto àquela hora.
Foi um dia muito agradável. Espero nos próximos tempos repetir a experiência e conhecer melhor outras freguesias do concelho.

A Biblioteca funciona das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30.
Regulamento da Biblioteca Municipal  (em PDF)

domingo, 3 de outubro de 2010

Comemorações do Centenário da República

Comemorações do Centenário da República, em Carrazeda de Ansiães, no dia 5 de Outubro de 2010.