sexta-feira, 30 de março de 2012

Detalhes em Ferro (5)

Pormenor da porta do adro da igreja matriz em Selores.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Carrazeda de Ansiães

Carrazeda de Ansiães - Espaço perto da Biblioteca Municipal.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Lavandeira (I)

Amendoeiras em flor, em Lavandeira.

terça-feira, 27 de março de 2012

Propostas para o próximo fim de semana

Caminho / Fonte Nova
O próximo fim de semana em Carrazeda de Ansiães promete boas oportunidades para quem gosta de partir À Descoberta das diferentes vertentes do concelho.
A oferta começa, no sábado, dia 31,  com um Passeio Cultural que tem início na acolhedora aldeia da Lavandeira. O percurso estende-se desde a Lavandeira até ao Castelo de Ansiães; descida a Selores; passagem por Alganhafres e fim da caminhada no ponto de partida na Lavandeira.
Se o o cenário é, como muitos conhecem do melhor que o nosso concelho pode oferecer, há pelo menos mais dois ingredientes a juntar a este "caldo" cultural: o anfitrião será o Padre Bernardo, de Zedes, que dá gosto ouvir; alguns locais a visitar têm monumentos importantes da história do concelho,  que será um prazer conhecer melhor. Como se isto ainda não bastasse, o PROGRAMA continua com um almoço volante na zona da Barragem da Fontelonga. É um local aprazível, onde nunca tive o prazer de comer. Se o tempo ajudar, tenho a certeza que será um bom momento de convívio.
Ainda não terminou o dia.
Pela tarde está prevista uma visita a Vilarinho da Castanheira. O leque de  locais que se podem visitar nesta aldeia é vasto, mas uma passagem pela ribeira com os seus moinhos recuperados é, por certo, seria uma boa escolha. Ao final da tarde acontecerá outro momento alto do dia com o momento do pôr-do-sol a partir da Anta do Vilarinho da Castanheira.
Esta iniciativa parte do grupo de pessoas que pessoas que já organizou o nascer do sol na Casa da Moura de Zedes, a 23 de Setembro de 2011, com o Prof. José Mesquita como um dos organizadores.
No domingo, dia 1 de Abril, está previsto mais um Passeio Pedestre, dos conjunto que a Câmara Municipal está a promover. Desta vez o percurso será o Trilho de Foz Tua, com a distância de 9,8 Km para percorrer. Esta parte do concelho não é das que melhor conheço e por isso seria um prazer poder percorrer os caminhos rurais das aldeias de Castanheiro, Tralhariz e outras por onde este trilho possa passar. Vou fazer os possíveis por estar presente.
Com a amostra do que se passou em Linhares, no primeiro Passeio Pedestre é de esperar um bom grupo de pessoas com muito boa disposição. O almoço deverá ser servido no local, quem sabe se junto à igreja, entre Castanheiro e Tralhariz. O preço deve rondar os 5/6€.
Dia 31 de Março, dia 1 de Abril, ou, quem sabe, os dois dias, são oportunidades a não perder, para quem quer manter a forma e aumentar os conhecimento do concelho onde vive e/ou de que gosta.

Contactos para o dia 31 de Março:
 Contactos para o dia 1 de Abril:

    segunda-feira, 26 de março de 2012

    Igreja Matriz - Linhares

    Planta longitudinal simples e regular, composta por dois corpos rectangulares justapostos, correspondentes à nave e à capela-mor, surgindo, ainda, a torre sineira, quadrada, no lado esquerdo, possuindo volumes diferenciados, numa disposição horizontalista das massas. Coberturas diferenciadas, com telhados de duas águas em telha de aba e canudo e coruchéu piramidal na sineira.
    Fachadas parcialmente sem reboco (encontra-se em processo de remoção), excepto na capela-mor, completamente rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantariana nave, circunscritas por cunhais apilastrados firmados por pináculos e fogaréus e remates em friso e cornija. A fachada principal, virada a O., ostenta portal em arco abatido com moldura recortada em cantaria lavrada com volutas nas extremidades inferiores das jambas e remate com ornamento relevado de acantos na chave, friso liso que acompanha o perfil do arco e frontão interrompido com pequeno espaldar encimado por cornija. Sobre o portal, óculo quadrilobado com moldura de granito ornamentada por enrolamentos, concheados e acantos. Por cima, possui um relógio, sobre o qual se vê cartela com data insculpida, em caracteres romanos "MDCCLXXIII".
    A fachada remata em empena de lanços contornada por friso de cantaria e cornija, tendo no eixo uma cruz latina em granito, sobre peanha, com as extremidades das hastes trilobadas.
    No lado esquerdo, torre sineira, embebida no pano da fachada e demarcada por cunhais, com três registos divididos por friso e cornija, os dois primeiros cegos, e, no registo superior, quatro sineiras de volta perfeita em cada uma das quatro faces. O conjunto remata em balaustrada de granito com pequenos pináculos nos ângulos.
    As fachadas laterais são idênticas, rasgadas no corpo da nave, por vãos em arco abatido moldurados, correspondentes a uma porta e janelas gradeadas. O desnível do terreno obriga à existência de um degrau sobre pequeno estrado de pedra na porta da fachada N., onde também se observam os vestígios de um arco de volta perfeita, entretanto entaipado com um tipo de aparelho distinto.
    A nave encosta-se a pilastras de granito lisas com capitéis compósitos, formando a divisória da capela-mor, que ultrapassa consideravelmente a altura do actual corpo da igreja, que remata em empena e com cruz latina em granito no vértice. A coroar cada uma das pilastras, sobre a estreita arquitrave lisa que assenta no ábaco do capitel, vestígios de uma cornija dupla em ressalto, coberta por telha e, por cima, plinto com fogaréu similar aos da fachada principal. Parcialmente cortadas por essas pilastras, outras duas de material e composições similares, mas de inferior altura, marcam o volume da cabeceira, divididas em três panos, por pilastras lisas com capitéis coríntios, os dois primeiros preenchidos por janelas em arco abatido molduradas com um óculo oval no avental, com ornato vegetalista e borla pendente do eixo, e remate em cornija borromínica alteada. No terceiro, rasgam-se dois vãos justapostos, ambos moldurados, tendo o inferior uma porta em arco abatido e o superior uma janela semelhante às anteriores.
    Possui, nas extremidades, cunhais curvos apilastrados, que provocam um estreitamento da largura do espaço interno da cabeceira, cuja fachada posterior se apresenta dividida em dois panos, mas a pilastra que marca a divisão termina a cerca de dois terços da altura do pano murário, abrindo-se sobre ela uma janela rectilínea moldurada. Em cada pano, janela semelhante às laterais e, sobre estas, rasgam-se outras janelas molduradas, em forma de vieira. Sobre os cunhais, fogaréus distintos dos anteriores.

    Fonte do texto: SIPA

    domingo, 18 de março de 2012

    O Blogue completou 5 anos!

    O blogue À Descoberta de Carrazeda de Ansiães completou 5 anos de existência esta semana. Cinco anos não é muito em anos humanos mas em anos de "blogues" é bastante, uma vez que não é fácil manter o interesse (e com interesse) no projeto durante tanto tempo.
    Apesar de não ser o eu primeiro do género, antes vindo no seguimento do À Descoberta de Miranda do Douro e À Descoberta de Vila Flor, como meu concelho natal, Carrazeda de Ansiães ocupa e sempre ocupará um lugar especial na minha vida. Tal como eu escrevi na pequena introdução que fiz para o blogue "foi o concelho onde começaram todas as descobertas e ainda tem muito para descobrir".
    O blogue é muito pessoal, mostrando a minha forma de olhar o concelho. Podia conhece-lo sem sem criar o blogue, mas tenho as minhas dúvidas se seria a mesma coisa. Eu também preciso de incentivos e partilhar as fotografias, os passeios pelas diferentes aldeias e alguns acontecimentos em que posso participar, são uma "desculpa" que dou a mim próprio para seguir em frente.
    O blogue manteve sempre uma postura isenta, afastado de todas as questões políticas que fervilham neste pequeno espaço. Não pondo de lado a crítica, a defesa de alguma causa em que acredito, o ponto forte sempre foi mostrar as belezas do concelho, o património, as pessoas e deixar para outros o troca de palavras azedas e a defesa de interesses que não fazem parte do meu estilo de vida.
    Foi por causa do blogue que fui contactado pelo diretor do jornal O Pombal. Desafiou-me a colaborar no jornal e a minha aceitação contou com o pressuposto de que o Blogue ficaria a ganhar e assim aconteceu. Passei a fazer visitas mais regulares a diferentes freguesias do concelho, a adquirir e a consultar livros que falam do concelho ou são escritos por gente que aqui teve a sua origem. São também frequentes as visitas que faço à Biblioteca Municipal, onde tenho sido muito bem recebido.
    Uma iniciativa paralela ao blogue aconteceu em Agosto de 2011, em Pombal de Ansiães, com a realização de da exposição de fotografia "Profissões Antigas". Foi um trabalho que me deu muito gozo fazer e que gostava de continuar - quem sabe?
    Olhando para os números, só posso sentir satisfação por verificar que os visitantes do blogue foram sempre aumentando. O fato de constatar que  o blogue é visitado diariamente por um grupo de pessoas é também um bom incentivo para eu continuar.  Algumas fazem comentários no blogue, outras escrevem-me diretamente, o feedback sempre foi positivo.
    Não faço promessas quanto ao futuro. Tenho muita vontade de continuar À Descoberta de todo o concelho e tudo farei para visitar todas as freguesias dando-lhes o relevo que todas merecem. Algumas têm os seus próprios blogues e sites, mas cada um tem a sua forma de olhar, sentir e mostrar. Tenho um bom relacionamento com a blogosfera do concelho e já ajudei a criar outros blogues. Apesar de tudo, considero que esta forma de comunicar pode ser enriquecedora, para quem escreve e para quem visita. O espaço Internet está cada vez mais povoado de alternativas, mas, a maior parte delas são tão efémeras que as pessoas nem se dão ao cuidado de escrever palavras completas ou olhar uma fotografias durante mais de um segundo.
    Agradeço a todos os que me têm apoiado e, já agora, continuem a visitar o blogue.

    Alguns números:
    79 000 Visitantes
    181 000 Páginas vistas
    393 Postagens
    900 Fotografias
    707 Comentários

    sábado, 17 de março de 2012

    Lugar da Paz

    Lugar da Paz de Carrazeda de Satoru Sato (Japão).
    Esta é uma das obras que integra Museu Internacional de Arte Contemporânea ao Ar Livre, em Carrazeda de Ansiães. Está na Praça do Toural.

    quinta-feira, 15 de março de 2012

    Castelo de Ansiães

    Vista do Castelo de Ansiães a partir da aldeia da Lavandeira. O caminho entre a aldeia e o castelo é fantástico e penso fazê-lo em breve na companhia de alguns amigos.
    Dá quase para imaginar como seriam estes socalcos (para nós da região chamam-se calçadas!) na idade média. Certamente que haveria muito menos mato, mas muitas das paredes parecem não ter mudado muito desde essa época.

    terça-feira, 13 de março de 2012

    1 Dia por terras de Ansiães (6)

    Já há algum tempo que que não passava um dia completo À Descoberta de Carrazeda de Ansiães. Desde Outubro do ano passado.
    As alternativas eram tantas, que me senti baralhado na momento de escolher. Dado o mês, e a pensar nas amendoeiras em flor, pensei que dar uma volta pela parte mais alta do concelho me podia proporcionar algumas fotografias interessantes.
    O passeio (de carro), começou em Belver. O movimento era pouco e a paisagem pareceu-me muito adormecida. A par das amendoeiras, as nabiças em flor emprestam um colorido que vale a pena ver. Por ouro lado, os ribeiros secos, os lameiros sem pinga de água... são cenários que metem dó. Já para não falar dos incêndios que não param, lavrando, pouco a pouco, a parca verdura que consegue sobreviver nos nossos montes.
     A viagem seguiu até Fontelonga. A água abundante que sempre corre na fonte à entrada da aldeia, não estava lá! Após uma curta paragem continuei até Besteiros. Com o céu limpo e sem nada a obstruir-me a visão, pode ser, quase perto, Vilarinho da Castanheira, num morro onde se podia quase imaginar o seu antigo castelo. Recordei uma série de fotografias que fiz em Besteiros no meio do nevoeiro. Como a paisagem muda com o estado do tempo!
    A estrada para Seixo de Ansiães tem sido bastante percorrida por mim. Fiz algumas paragens para tentar captar a magia que se vê lá para os lados de Coleja. Nem sempre a máquina fotográfica consegue captar as nuances que o nossos olhos observam, A neblina do vale é uma destas situações.
    As amendoeiras em flor foram aparecendo, espelhadas por entre fragas em pequenos terrenos agrícolas. Foi no Seixo, junto à aldeia que fui encontrar o amendoal mais bonito que já vi este ano! As amendoeiras foram cortadas e enxertadas já de grandes. A floração é uniforme em todas as plantas e estava no auge da floração. O terreno estava vedado e fiz o que pude para conseguir algumas fotografias através dos buracos da rede.
     Ainda desci até Beira Grande, mas nem cheguei a sair do carro. Voltei ao Seixo e rumei até à Lavandeira. Fez uma ano há poucos dias que passei lá um dia inteiros, mas ficou muita coisa por ver.
    Almocei no Largo de Santa Eufémia, um almoço volante, daqueles que se levam na mochila sem muito esforço. Comecei um percurso pelas ruas da aldeia, mas quando dei por mim estava a subir o caminho em direção ao Castelo. Não pretendia lá chegar, mas apenas encontrar uma fonte que existe algures pelo caminho, a Fonte Nova. Apenas estive nesse lugar uma única vez e já devem ter passado mais de 25 anos.
    Gostei de percorrer o caminho. Encontrei a fonte e voltei para trás. Acabei por me demorar mais do que o que esperava porque saí do caminho e comecei a explorar algumas formas rochosas e espécies vegetais. Encontrei dois medronheiros, mas não deu para perceber se eram espontâneos ou se foram ali plantados.
    Na descida, já perto da aldeia, encontrei o Sr. Padre Bernardo, meu conterrâneo e uma das pessoas que me dá gosto ouvir. Conversámos um pouco e regressámos à Lavandeira para visitar a igreja. É algo de extraordinário. Chegaram mais dois padres para as confissões. Como também ia haver Eucaristia e não ficava bem andar a circular pela igreja,  parti para Selores.
     A paróquia de Selores estava a festejar S. Gregório, o seu padroeiro. As celebrações iniciaram pela manhã, às onze horas, com as confissões e a Eucaristia, concelebrada pelo  Padre Bernardo e pelo Padre Humberto.
    S. Gregório Magno nascido no ano 540, em Roma, foi papa da Igreja Católica tendo um papel de relevo. Fundou mosteiros, enviou missionários às ilhas Britânicas e também lhe é atribuída a divulgação do canto gregoriano, bastante conhecido na atualidade.
    Às cinco realizava-se a procissão com o andor de S. Gregório a percorrer as principais ruas de Selores e de Alganhafres.
    A imagem de S. Gregório foi restaurada há pouco tempo, sendo a primeira vez que saiu em procissão após o restauro.
    A procissão demorou a sair. Percebi que esperavam que as crianças chegassem da escola. Achei bem, são poucas, mas são importantes. Aproveitei para fazer um passeio, em circulo, o mesmo que sempre faço. É uma terra bastante pequena.
     Acompanhei a procissão em parte do percurso. Regressei rapidamente à Lavandeira onde alguém me esperava para eu poder ver a igreja sem perturbar o culto.
    Entretanto a noite chegou! Faltou tempo, para ver tanta coisa!...
    Em nova passagem por Selores o palco já estava montado. certamente se encontravam a jantar para depois animar as festa. Para mim, o dia por terras de Ansiães já tinha terminado.
     A coleção de fotografias do dia é grande. Espero mostrá-las aos poucos, antes de 1 novo dia À Descoberta...

    domingo, 11 de março de 2012

    O Canto do Melro

    Despertava a Aurora, silenciosa e meiga.
    Lá baixo, junto à ribeira, - suave a veiga.
    Um melro, por entre a ramagem, cantava.
    Cantava a sua terna melodia, - trinava!...
    Oh! Céus, o que ele dizia à sua namorada!...
    Sonho da noite, o despertar da Alvorada!...
    E o melro, no galho do amieiro, empoleirado,
    Rei-maestro, forte e vigoroso, - um Senhor, -
    Cantava as mais belas canções de amor!...
    O que dizia por entre a fresca ramagem!...
    Do Céu, por certo, era a sua linguagem...
    A namorada, do outro lado do rio,
    Sorria, sorria contente, mas, nem pio!...
    E o triste cantava, cantava, ou... chorava!...
    Enquanto ela, dos olhos, as lágrimas limpava,
    De alegria, bem por certo,
    Que de si o desejava mais perto!...
    Silenciosa, chorava, chorava...
    E, em desejos, toda ela o devorava.
    E ele, assobiava, assobiava!...
    Que, em desejos, o peito lhe ardia;
    E, em lágrimas, toda ela o sorvia.
    - Eis que num último estretor,
    Num voo meigo, em asas de amor,
    Voou, voou, sorridente e já vencida,
    Até junto dele, toda enternecida!...

    Linhares, Abril de 1993

    Poema da autoria de Morais Fernandes, do livro Fogo e Lágrimas 2.
    Fotografia: os últimos raios de sol, perto de Parambos.

    sexta-feira, 9 de março de 2012

    Areias (06)

    Coluna em granito numa das mais características casas em Areias, freguesia de Amedo. Não sei se a casa que tem a coluna pertence à família Barbosa, as as seguintes sim.

    quinta-feira, 8 de março de 2012

    Brasão da Casa de Selores

    Um dos brasões existentes na chamada Casa de Selores, na freguesia de Selores.
    Mostra no 1º quartel as armas dos Caldeiras, o 2º são as dos Morais, o 3º as dos Sousas e o 4º as dos Mesquitas.

    quarta-feira, 7 de março de 2012

    Casa da Moura em Zedes

    A neve desperta a criança que há em mim. Fico eufórico e só me apetece caminhar, subir aos montes, guardar as imagens tão raras e efémeras que se podem apagar antes de lá chegarmos. No ano passado tive sorte. Quando me aproximava de Zedes o cenário era este, muito invulgar e belo.
    Infelizmente este ano ainda não nevou (nem choveu!)! O Criador deve dar-me pouco crédito, porque lhe peço imensas vezes que mande um pouquinho de tinta branca para pintar os montes e lavar a minha alma com alegria. Como não neva... fica a fotografia do ano passado.

    terça-feira, 6 de março de 2012

    Recordar Parambos

    Depois da caminhada no dia 4 de Março em Linhares, nada como recordar outra que tive o prazer de fazer com o pessoal de Parambos, em 22 de Agosto de 2010. Sei que têm feito mais caminhadas, acompanho o Blogue Viver Parambos, não me tem sido possível estar marcar presença.

    segunda-feira, 5 de março de 2012

    Trilho de Linhares - 04 de Março

    A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães teve a feliz ideia de provocar os seus munícipes para fazerem alguns percursos pedestres, durante os meses de Março, Abril, Maio e Junho. Trata-se de percursos de Pequena Rota, marcados em 2008 e que integram a Rede Municipal de Percursos Pedestres do Concelho de Carrazeda de Ansiães.
    Para iniciar este conjunto de 5 percursos foi escolhido o PR1, com a designação de Trilho de Linhares, junto à aldeia de Linhares. O principal motivo de interesse deste percurso é a paisagem, mas também são visitados alguns monumentos representativos da aldeia e até significativos para o concelho.
    O local de concentração foi junto à Câmara Municipal. A adesão foi grande, ultrapassando em mais do dobro o número de participantes potencialmente previstos. Houve 80 participantes! Foi necessário o autocarro da autarquia fazer duas viagens, deslocando todos os participantes para a Junta de Freguesia de Linhares, onde foi feita uma pequena receção.
    Depois de toda a gente reunida, o sr. Presidente da Junta deu as boas vindas, mostrando-se satisfeito e disponíveis para colaborar neste tipo de eventos. Foi servido um Porto acompanhado por um bom mata-bicho.
    As condições atmosféricas não eram as melhores, mas ninguém se mostrou desmoralizado, deslocando-se todos para a Igreja Matriz, local onde se inicia o percurso.
    Já há bastante tempo que pretendia conhecer a igreja e esta foi uma excelente oportunidade que não desperdicei. Pena que não tivessem também aberto as portas das capelas por onde passámos, mas, vamos à igreja.
    Este templo é do Séc. XVIII de estilo barroco. O interior é rococó. Foi inicialmente planeada para ser de maiores dimensões do que aquelas com que foi terminada, daí que haja um desnível muito evidente, no telhado, entra a capela mor e o corpo da igreja. A torre sineira é quadrada e lateral. No interior chamam à atenção os altares em talha dourada , tendo uma configuração bastante diferente do habitual noutras igrejas do concelho. Ao centro há uma grande representação de S. Miguel, padroeiro de Linhares, mas a imagem quase passa despercebida, do lado direito do altar-mor.
    A arqueóloga (Isabel Lopes) que acompanhava o percurso chamou a atenção para o facto haver uma igreja anterior, junto do castelo, onde já era praticado o culto a S. Miguel. Quando as pessoas se deslocaram para uma zona mais baixa, foi edificado este novo templo.
    A paragem seguinte seria junto ao Pelourinho, mas sem antes atravessarmos novamente a Ponte Românica, de cuja beleza original já quase nada se pode apreciar. A necessidade de a alargar e possivelmente reforçar, deixou os seus arcos com pouca visibilidade. O ribeiro, que aqui já vem de longe, está praticamente seco.
    O Pelourinho é muito simples. Não ostenta elementos decorativos de vulto, apresenta-se como uma estrutura em cantaria de granito, composto por soco quadrangular de três degraus, onde assenta fuste liso e redondo com tendência a estreitar à medida que se aproxima do remate. Este último é em forma de florão.
    É, possivelmente, do Séc. XVII.
    Depois da visita a estes locais de interesse começou a caminhada propriamente dita. O grupo integrava algumas crianças, e, em maior número, pessoas de avançada idade, muitas delas de Linhares.
    O percurso deixa a casas e dirige-se par os campos agrícolas para jusante da Ribeira de Linhares até perto do local onde esta se cruza com a Ribeira da Lameira, que nasce perto de Parambos. No meio dos terrenos fica a Capela de S. Gonçalo. É bastante grande. Tem à frente um espaço coberto, não chegando a ser um átrio, porque não tem qualquer parede. Pelo que foi dito por alguns habitantes locais é bastante útil, porque as pessoas que andam a trabalhar nos campos recolhem-se aqui, quando vem alguma chuvada.
    Depois de atravessada a ribeira, o percurso dirigi-se de novo para a aldeia, passando junto à fonte do Carvalhal. Apesar de eu ter chamado à atenção para a existência desta interessante fonte de mergulho, não sei se alguém passou por lá, uma vez que é necessário fazer um desvio de umas dezenas de metros.
    De novo na aldeia o percurso dirigi-se para o ponto mais elevado das redondezas, o Castelo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é castelo só de nome, tendo mesmo ali existindo um castelo até à idade média, mas o espaço já era povoado na pré-história. Este castelo, juntamente com o castelo de Ansiães e o Castelo das Donas (Marzagão), deviam fazer parte de uma linha defensiva, na margem norte do rio Douro, onde os árabes espreitavam uma oportunidade de alargarem a sua influência.
    A subida é íngreme, mas depois de ver alguns idosos a fazê-la com grande destreza, não vi razão para me queixar. Levantou-se algum vento e caíram algumas gotas de chuva. Realmente não esteve o melhor dia para apreciar a lindíssima passagem que se avista deste ponto. São 360º de deslumbramento que é necessário apreciar com calma.
    No ponto mais alto (729 metros de altitude) está uma enorme cruz, com a data de 18-06-67. São visíveis alguns restos de muralhas e ao longo do percurso foram aparecendo fragmentos de cerâmica, alguns mais antigos, outros mais recentes.
    Depois de algumas fotografias no topo, para recordar o momento, iniciámos a descida, pelo mesmo caminho da subida, e que a Junta de Freguesia tinha limpo expressamente para a caminhada.
    Depois de uma visita a uma loja escura onde diziam que estava a verdadeira pia de S. Miguel (realmente estava lá uma antiga pia em granito!), todos se juntaram na Casa do Povo, onde foi servido o almoço.
    A ementa constou de sopa, carne assada no churrasco, vinho, sumo e pão. De sobremesa havia maçãs e laranjas. Escusado será dizer que para comer aparecem sempre mais uns quantos!
    Eu (e o meu colega de caminhadas Helder Magueta) não tínhamos previsto almoçar com o grupo, mas como nem sequer foi facultado o transporte para Carrazeda, não nos pareceu má ideia continuar com os restantes. O almoço custou 5€ (esta informação não é disponibilizada nos cartazes ou na ficha de inscrição). Tinha a ideia que a refeição seria em Carrazeda, num restaurante, mas, assim, no lugar da caminhada, acaba por ser mais interessante. Se o dia estivesse mais convidativo, a capela de S. Bárbara tinha sido um bom local para servir o almoço.
    Depois do almoço, eu e o meu colega, decidimos voltar para Carrazeda de Ansiães a pé. Foi uma boa ideia porque o dia acabou por melhorar, proporcionando uma excelente tarde de caminhada.
    O balanço neste primeiro Percurso Pedestre foi bastante positivo. Gostei de encontrar muita gente que já não via há muito tempo, mas também de conversar com as pessoas de Linhares que fizeram o percurso.
    Foi uma bom momento de Descoberta, tal como este blogue pretende ser.
    Vamos esperar pelos próximos percurso (o seguinte é no dia 1 de Abril).

    Perfil de altitude (altimetria) Elevação: 599 m @ 4.6 km
    Diferenças de Altitudes 136 Metros (Altitude desde 562 Metros para 698 Metros)
    Subida acumulada 150 Metros
    Descida acumulada 151 Metros
    GPSies - Trilho de Linhares

    sexta-feira, 2 de março de 2012

    Fonte, em Fontelonga

    Fonte de mergulho existente no Fundo do Povo, em Fontelonga. Também é conhecido por Fonte romana.

    quinta-feira, 1 de março de 2012

    Oliveiras

    Oliveiras centenárias, quem sabe se milenares, no termo de Parambos.